V Fórum da Saúde da URI mobiliza estudantes, professores e profissionais

A abertura do V Fórum da Saúde da URI contou com a presença da médica e escritora Ana Claudia Quintana Arantes, de São Paulo, com sua palestra “Faça a sua vida valer a pena”.

Ana Claudia Quintana Arantes: “Equipe multiprofissional é fundamental no atendimento em cuidados paliativos”

Com a presença de acadêmicos, professores e profissionais da área da saúde, educação e humanas, bem como do Programa de Pós-Graduação em Atenção Integral à Saúde da URI/UNICRUZ/UNIJUÍ, foi aberto na segunda-feira à noite, 26, no Salão de Eventos, o V Fórum da Saúde da URI, que tem como tema “saberes em saúde e cuidado integrado” e que aborda questões sobre a compreensão integral do ser humano e o conceito ampliado de saúde.

Fórum da Saúde mobilizou grande número de estudantes, professores e profissionais da saúde

O Fórum, que tem o patrocínio da Top Formaturas, Unimed Erechim e Sicredi UniEstados, iniciou com um momento cultural proporcionado pelo Mova (Movimento Orquestral Allegro), uma rede que tem como objetivo fomentar entre os jovens a prática da Música Sinfônica através da criação de Orquestras e Corais, com a regência do maestro Maurício Castelli.

Diversas lideranças acadêmicas e civis prestigiaram o início do Fórum. Entre elas, o Reitor Arnaldo Nogaro; o Diretor-Geral do Câmpus, Paulo Roberto Giollo; a Coordenadora do Fórum, Janesca Mansur Guedes; o Secretário Municipal da Saúde, Vianei Muller; o Diretor Executivo da Fundação Hospitalar Santa Terezinha, Rafael Ayub; o Diretor Presidente do Hospital de Caridade, Lasiê Biolo; a CEO do Hospital da Unimed Erechim, Alessandra Sonda; a representante do Hospital Santa Mônica, Márcia Maté; o Gerente da Agência Empresarial do Sicredi em Erechim, Alecsander Bertolla; e Representante Comercial da Top Formaturas e Eventos, Kelly Doroche.

A abertura do V Fórum da Saúde da URI contou com a presença da médica e escritora Ana Claudia Quintana Arantes, de São Paulo, com sua palestra “Faça a sua vida valer a pena”. Durante uma hora, a conferencista, pesquisadora e atuante em temas sobre envelhecimento e morte, ganhou atenção total ao falar sobre a temática e suas colocações foram absorvidas pelo público.

Disse, inicialmente, que a sociedade atual, principalmente no Brasil, prega o medo do fracasso já na juventude. “Com humildade, temos que aprender o que vai cair na vida e não apenas o que vai cair na prova”, disse, ao se dirigir aos estudantes.

Frisou, ainda: “A amizade, o respeito e a honra devem ser vividos permanentemente, pois ser bom é uma obrigação de todos os profissionais, especialmente da saúde”. Também chamou atenção para outra realidade: a idolatria. “Esse é o primeiro passo para a cegueira e a arrogância. Confundimos isso com competência. A realidade é que temos que aprender de tudo, não apenas uma área”, destacou.

Chamou atenção, ainda, para outra realidade preocupante no cenário nacional, especialmente da medicina. “Estamos vivendo um ponto cego, pois estudos excluem os idosos, priorizando os jovens. Por isso, fundamos a Casa do Cuidar, onde são ministrados cursos de formação multiprofissionais. O saber médico não pode se sobressair a outras profissões da saúde”, declarou.

No final, deixou um desafio para o setor educacional. “Devemos introduzir aulas sobre inteligência social desde o ensino fundamental, pois o mais importante é nos preocuparmos com a nossa própria vida para depois cuidarmos dos outros. É por isso que temos legiões de pessoas afundadas na droga e na bebida, sem a mínima integração social”, concluiu.