Técnico de Enfermagem da URI debate educação financeira e manejo de drenagem torácica
- Najaska - Jornalismo
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. O encontro ocorreu no Anfiteatro da Universidade e contou com a presença do professor Aldecir José Theodoro, do Curso de Ciências Contábeis, e do cirurgião torácico, Eliseu Siles Barduco.

A Semana Acadêmica do Curso técnico de Enfermagem da URI Erechim promoveu, na noite de quarta-feira (17), duas palestras que uniram reflexão sobre bem-estar financeiro e aprofundamento em práticas hospitalares. O encontro ocorreu no Anfiteatro da Universidade e contou com a presença do professor Aldecir José Theodoro, do Curso de Ciências Contábeis, e do cirurgião torácico, Eliseu Siles Barduco.
No início do encontro, o professor Aldecir tratou do tema Educação Financeira e Saúde Mental, quando lembrou que a falta de organização nas finanças tem reflexos diretos na vida das pessoas. “O dinheiro não traz felicidade, mas a desorganização financeira tira a paz, o sono e gera inúmeros problemas”, afirmou. Relacionou, ainda, o endividamento ao estresse, à ansiedade e até à depressão, lembrando que a situação pode prejudicar relacionamentos, comprometer o trabalho e afetar a saúde.
O professor citou que 76% dos brasileiros enfrentam dificuldades financeiras e mais de 40% têm dívidas em atraso, sendo o cartão de crédito o principal causador. Para enfrentar essa realidade, defendeu o planejamento como ferramenta de liberdade. “É preciso anotar todos os gastos, até os pequenos, e olhar para onde o dinheiro está indo. Só assim é possível identificar desperdícios e reorganizar as escolhas”, destacou. Ele também orientou sobre a importância de formar uma reserva de emergência, negociar descontos à vista e evitar compras por impulso.
Aldecir alertou também sobre o cuidado com investimentos de risco. “Nem todo mundo tem perfil para aplicar em ações ou criptomoedas, que podem trazer mais estresse do que resultado. É melhor começar com opções simples, seguras e adequadas à realidade de cada um”, aconselhou. Segundo ele, a educação financeira exige autoconhecimento, mudanças graduais e diálogo em família.
Na segunda parte da noite, o médico Eliseu Siles Barduco falou sobre o manejo de pacientes com drenagem torácica. Para ilustrar a importância do procedimento, relatou o caso de um jovem que sofreu uma queda e apresentou pneumotórax, quando o ar se acumula na cavidade torácica e compromete o funcionamento dos pulmões. “Sem drenagem, a pressão interna pode levar à parada cardíaca em minutos”, explicou.
O cirurgião detalhou as diferenças entre sondas e drenos, os tipos de dispositivos disponíveis e o modo correto de inserção, geralmente no quinto espaço intercostal. Enfatizou que o sistema deve permanecer fechado e com a extremidade submersa em líquido, garantindo a saída de ar ou fluido sem retorno ao tórax. “O risco de complicações aumenta muito quando o sistema não está montado corretamente”, alertou.
Barduco ressaltou ainda a importância do trabalho da equipe de enfermagem. São os técnicos que monitoram o volume drenado, realizam os curativos e observam sinais de complicações. “A atenção do técnico faz toda a diferença. Se ele percebe alterações e comunica a equipe médica, salva vidas”, afirmou. O médico encerrou incentivando os estudantes a questionar e buscar compreender cada procedimento: “O conhecimento traz segurança e garante qualidade no atendimento”.

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