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SaferNet: denúncias de pornografia infantil na web aumentaram 114%

  • Foto do escritor: Najaska - Jornalismo
    Najaska - Jornalismo
  • 20 de ago.
  • 2 min de leitura

Vídeo viral de influenciador Felca impulsionou a discussão


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Uso de redes sociais em telefones smartphone© Fernando Frazão/Agência Brasil

Impulsionada pela repercussão de denúncias feitas pelo youtuber Felipe Bressanim Pereira, o Felca, a discussão sobre a necessidade de uma lei que crie regras de proteção para crianças e adolescentes em ambientes digitais voltou à tona.


Com isso, o número de denúncias de abuso sexual infantil online recebidas pela SaferNet, ONG que atua na promoção e defesa dos direitos humanos na internet, também aumentou 114% desde que o influenciador mostrou como criadores de conteúdo ganham dinheiro com material de teor sexual envolvendo menores de idade. O vídeo de Felca já tem mais de 46 milhões de visualizações.


Para a psicóloga Bianca Orrico, da SaferNet, a discussão é necessária e urgente.


“O tema do abuso e exploração sexual infantil online, no geral, é um debate tão grande na sociedade há algum tempo. E a repercussão do vídeo estimulou pessoas a denunciarem na Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos. Então, é um movimento importante ver influenciadores tratando de um tema tão sensível com tanta responsabilidade e comprometimento”.


Denúncia é anônima

As denúncias feitas à SaferNet, de forma anônima, são filtradas e disponibilizadas ao Ministério Público Federal, explica a psicóloga.


“A SaferNet é uma organização não-governamental que atua gerando indicadores e fazendo uma ponte entre o cidadão e os órgãos de investigação, para garantir que violações de direitos humanos na internet não fiquem na invisibilidade. A Safernet não remove conteúdo. O Ministério Público Federal é quem analisa os links enviados pela Safernet e defina se há indícios suficientes pra comprovar a materialidade e a autoria do crime. Então, havendo crime, inicia-se uma investigação e são adotadas as providências cabíveis”.


A especialista destaca alguns desafios do trabalho:


“Conteúdos criminosos podem ser replicados e compartilhados em segundos, o que torna a remoção uma corrida contra o tempo. E, muitas vezes, após a retirada da plataforma, o material já pode ter sido copiado e aparecer em outras plataformas, por exemplo. A gente também tem jurisdições diferentes de cooperação internacional, que muitas vezes os servidores estão hospedados em outros países”.


Diante desse cenário, diz Bianca Orrico, é importante fortalecer a legislação e estimular, cada vez mais, as denúncias.


“Além da denúncia, é possível também registrar, gravar todas as evidências, e buscar uma delegacia de Polícia Civil mais próxima, pra registrar um boletim de ocorrência. Também é importante reforçar que o trabalho de remoção pra uma internet mais segura e saudável depende desse envolvimento de toda sociedade, pra não só denunciar, mas educar crianças e adolescentes sobre os potenciais usos das novas tecnologias, assim também como seus principais riscos”.


Como denunciar

A SaferNet mantém o Canal Nacional de Denúncias, conveniado ao Ministério Público Federal, e o canaldeajuda.org.br, o Helpline, para vítimas de violência e outros problemas online.


Agência Brasil

 
 
 

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