Lipedema: a doença que atinge milhões de mulheres e ainda é pouco conhecida
- Najaska - Jornalismo
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O lipedema é caracterizado por um acúmulo anormal e simétrico de gordura, nas pernas, quadris (culote) e, em alguns casos, nos braços, causando dor, inchaço e limitações funcionais.

Na quarta-feira, 11 de junho, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Lipedema, uma data que busca jogar luz sobre uma condição crônica ainda pouco discutida, mas que impacta profundamente a vida de muitas mulheres. O lipedema é caracterizado por um acúmulo anormal e simétrico de gordura, nas pernas, quadris (culote) e, em alguns casos, nos braços, causando dor, inchaço e limitações funcionais.
O que é o lipedema?
Trata-se de uma doença do tecido adiposo que provoca inflamação crônica e aumento desproporcional de gordura em regiões específicas do corpo. Embora a aparência possa ser confundida com sobrepeso, o lipedema é uma condição distinta, com causas ainda não totalmente esclarecidas, mas com forte relação hormonal. Ele costuma se manifestar em momentos de grandes mudanças hormonais, como a puberdade, a gravidez ou a menopausa, e afeta quase exclusivamente o público feminino.
Sinais de alerta: o que observar
Entre os principais sintomas do lipedema estão o aumento de volume das pernas ou braços sem acometimento das mãos e pés, dor à palpação, sensação de peso nas pernas, tendência a hematomas frequentes e dificuldade de perda de gordura nas áreas afetadas, mesmo com dieta e exercícios. O desconforto físico vem frequentemente acompanhado de sofrimento emocional, já que muitas mulheres passam anos sem diagnóstico adequado.
Tratamentos disponíveis
O tratamento do lipedema visa controlar a progressão da doença e aliviar os sintomas. As abordagens não cirúrgicas incluem drenagem linfática manual, uso de meias de compressão, exercícios de baixo impacto e orientação nutricional com foco em alimentação anti-inflamatória. Em casos avançados ou que não respondem bem aos cuidados convencionais, pode ser indicada uma lipoaspiração especializada, que remove seletivamente o tecido adiposo doente.
O esteticista no cuidado com o lipedema
Profissionais da estética têm papel relevante no suporte a pacientes com lipedema, desde que atuem com conhecimento técnico e em parceria com a equipe de saúde. Técnicas como drenagem linfática manual, bota pneumática, ultrassom de baixa potência, laser de baixa potência e LED, ajudam a reduzir sintomas como inchaço, sensibilidade e a dor. Além disso, o esteticista contribui diretamente para a melhora da autoestima, aspecto frequentemente comprometido em quem convive com a condição.
Conscientizar é cuidar
A criação do Dia Mundial do Lipedema reforça a importância do diagnóstico precoce e do acolhimento adequado. A data é uma oportunidade para ampliar o debate sobre a doença, combater estigmas relacionados ao corpo feminino e fortalecer a rede de apoio às pacientes. Informação, empatia e tratamento multidisciplinar são fundamentais para que mais mulheres tenham acesso à saúde de qualidade e à dignidade que merecem.
Por: Professora Nágila Zortéa, coordenadora do Curso de Estética e Cosmética da URI
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