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Inadimplência no Brasil segue preocupante e recuperação de crédito desacelera, aponta CNDL/SPC Brasil

  • Foto do escritor: Najaska - Jornalismo
    Najaska - Jornalismo
  • 28 de jul.
  • 2 min de leitura

O levantamento mostra que, nos 12 meses encerrados em junho, houve uma redução de 12,57% no número de brasileiros que conseguiram sair da inadimplência, em comparação com os 12 meses anteriores

Foto: Pexels
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O cenário das dívidas no Brasil continua preocupando. Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil mostrou que, em junho de 2025, mais de 83% dos consumidores negativados já estavam com o nome sujo em algum momento nos últimos 12 meses, um número que revela a persistência do endividamento no país.


Além disso, a recuperação de crédito, ou seja, o número de pessoas que conseguiram quitar suas dívidas e limpar o nome, caiu ainda mais. O levantamento mostra que, nos 12 meses encerrados em junho, houve uma redução de 12,57% no número de brasileiros que conseguiram sair da inadimplência, em comparação com os 12 meses anteriores.


Dívidas antigas, dificuldade renovadaEntre os negativados, 62% continuam com dívidas antigas não pagas. Outros 21% até conseguiram limpar o nome em algum momento, mas voltaram a se endividar. Somente 16% dos negativados são "novos" no cadastro, sem registros anteriores nos últimos 12 meses.


O tempo médio entre sair de uma dívida e entrar em outra é curto: pouco mais de 2 meses (72,8 dias). Isso mostra o quanto muitos brasileiros estão presos num ciclo de dívidas e renegociações.


Perfil do devedor reincidente


Faixa etária com maior reincidência: 30 a 39 anos (26,6%)


Gênero: 53,6% mulheres e 46,3% homens


Crescimento de reincidência nos últimos 12 meses: +1,31%


Quem está conseguindo pagar?A boa notícia — mesmo que tímida — é que alguns consumidores têm conseguido quitar dívidas mais altas. O valor médio pago em junho foi de R$ 2.410,68, maior que os R$ 2.108,70 de maio. No entanto, quase 60% das dívidas quitadas eram de até R$ 500, o que mostra que a maior parte da inadimplência está relacionada a valores menores — e ainda assim difíceis de resolver para muitas famílias.


Entre os consumidores que conseguiram limpar o nome, a maioria está na faixa dos 50 a 64 anos (24,1%), com idade média de 47 anos. Mulheres seguem liderando discretamente essa recuperação: 52% dos consumidores recuperados em junho eram do sexo feminino.


O que dizem os especialistas? Para José César da Costa, presidente da CNDL, a situação é crítica. “O Brasil vive um momento delicado, em que quitar uma dívida muitas vezes significa contrair outra. É uma armadilha de endividamento. Precisamos de políticas públicas, ações privadas e mais educação financeira para evitar a exclusão de milhões de brasileiros do sistema de crédito.”


O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, reforça. “Os dados mostram que os brasileiros continuam tendo dificuldades reais para sair do vermelho. Precisamos promover o consumo consciente e soluções sustentáveis para reverter esse cenário.”



 
 
 

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