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Fórum Democrático debate sustentabilidade na região de Passo Fundo

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    Najaska - Jornalismo
  • há 14 minutos
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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas (PT), apresentou o painel Pacto RS 25 – O crescimento sustentável é agora


Foto: Lauro Alves
Foto: Lauro Alves

As peculiaridades da região funcional – RF 9 (Alto da Serra do Botucaraí, Médio Alto Uruguai, Nordeste, Norte, Produção e Rio da Várzea) para o crescimento sustentável do Rio Grande do Sul foi a ênfase do 7º Seminário do Fórum Democrático, nesta segunda-feira (1º). Realizada das 8h30 às 12h30 no auditório da escola de Direito da Universidade de Passo Fundo (UPF), a atividade apresentou a musicalidade do Grupo de Percussão da UPF durante a abertura cultural. Compareceram ao evento autoridades políticas, empresariais, estudantis e lideranças sociais e comunitárias. O deputado Vilmar Zanchin (MDB) marcou presença no encontro e a jornalista Rosane de Oliveira mediou os painéis temáticos, conduzindo os debates e a coleta de propostas para a plataforma digital do Pacto RS 25.


O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Pepe Vargas (PT), apresentou o painel Pacto RS 25 – O crescimento sustentável é agora. Segundo Pepe, a reconstrução do RS precisa ser feita a partir de novos paradigmas econômicos e ambientais, pois o estado exige uma economia mais sustentável e mais equilibrada nas questões social, territorial e econômica. Isso porque, nos anos mais recentes, vem decaindo o percentual da participação econômica gaúcha tanto no Brasil quanto na região Sul.


Pepe destacou também que o Estado historicamente sofre com fenômenos extremos, no entanto, recentemente, essas peculiaridades têm sido mais frequentes. “Por isso, precisamos debater vários níveis de transição como a energética e a dos sistemas produtivos”, assinalou. Observou ainda que o estado vive uma transição demográfica com o envelhecimento de sua população e já registra decrescimento populacional e novos fluxos migratórios


A assessora do Fórum Democrático, Fernanda Corezola, repassou alguns eventos realizados pelo Fórum e divulgou o calendário para o segundo semestre. Lembrou a importância da participação nos debates presenciais, mas mencionou o universo digital como ferramenta essencial. Assim, passou a detalhar as funcionalidades da plataforma digital Pacto RS 25, destacando o fluxo de proposição, apoio e votação.


As conferências começaram com a economista Denise Carvalho Tatim abordando “O Retrato da Região Funcional 9 “. A economista descreveu a geografia da região, que fica próxima à divisa com Santa Catarina (SC), o que confere aos cenários características dos biomas Mata Atlântica e Pampa. Assinalou que a localidade representa 10% do PIB do RS, destacando a cultura de soja com participação de 29% no estado e 63% da produção agrícola da região. Ao abordar “Recursos hídricos e sustentabilidade”, o professor da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), João Paulo Bezerra, observou que pensar a sustentabilidade é reconsiderar os recursos hídricos do planeta. “Não podemos transformar o mundo em matéria-prima e mercadorias, precisamos planejar uma transição ecológica justa. A região precisa preservar e restaurar as nascentes”, assinalou.


“A força da industrialização no desenvolvimento regional”, foi o destaque de Marcos Alexandre Cittolin, ex-secretário Municipal de Desenvolvimento do município. De acordo com ele, nem sempre trazer uma indústria resolve os problemas de uma cidade ou de uma região, pois é necessária articulação com todos os setores e, em especial, com os moradores do lugar. O presidente da Coopeagri, Lecian Gilberto Conrad, trouxe o tema “Agricultura, pecuária e sustentabilidade”, salientando que o estado saiu da condição de uma grande densidade populacional para uma quase ausência de trabalhadores no meio rural. “São necessários planos governamentais que incentivem a permanência dos jovens no campo”. Segundo ele, a demanda de alimentos no mundo depende também de manejo e tratamento dos solos e a biotecnologia pode contribui para o aumento da produtividade.


A reitora da Universidade de Passo Fundo, Bernadete Maria Dalmolin, propôs a reflexão sobre as Desigualdades Regionais e Sociais. Ela apontou que a falta de equidade social no ponto de partida restringe o espaço das capacidades humanas, o que reduz o desenvolvimento. Para a reitora, a educação é a chave do processo de se evitar o desperdício de talentos. “A sociedade do conhecimento necessita de mais produtividade e temos condição de desenvolver projetos que fortaleçam os ecossistemas. Precisamos investir mais nos jovens e na saúde para dar conta das necessidade regionais, com políticas públicas continuadas”, observou.


Após os painéis temáticos, foi reservado espaço para participação e proposições da plateia com coleta de propostas.


* Com informações de Erenice de Oliveira, da assessoria do Fórum Democrático

 
 
 

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