A Secretaria de Meio Ambiente trabalha na retirada de erva-de-passarinho, que há alguns anos têm se instalado nas árvores de Erechim. Um problema bastante conhecido em centros urbanos e, na Capital da Amizade não é diferente.
Segundo o secretário da pasta, Cristiano Moreira, é preocupante a disseminação da erva-de-passarinho nas árvores públicas da cidade, especialmente em exemplares históricos considerados de alta estima para os erechinenses, como o ipê-roxo do canteiro satélite da Praça da Bandeira, símbolo da cidade.
“Também se encontram disseminadas em praticamente todas as ruas bem arborizadas com canteiro central, como as ruas Goiás, Bento Gonçalves, Monteiro Lobato, Alemanha, Itália, Torres Gonçalves e as avenidas Presidente Vargas, Amintas Maciel, Uruguai, como em diversas praças e áreas verdes públicas mais afastadas do centro”, explica o titular da pasta de Meio Ambiente.
No sul do Brasil, ocorrem basicamente três gêneros botânicos de erva-de-passarinho, que muitas vezes são confundidas com outras plantas chamadas epífitas, as quais também crescem sobre troncos e galhos, porém não são parasitas, como exemplo as samambaias, as orquídeas, as bromélias e os cactus.
A dispersão do parasita se dá através das aves frugívoras, que após se alimentarem dos frutos da erva, espalham as sementes no ambiente. A única forma de exterminar as ervas-de-passarinho ou reduzir seu crescimento é a retirada manual periódica das mesmas, que requer equipamentos adequados, treinamento dos funcionários e bastante tempo disponível, já que o trabalho é totalmente artesanal.
Moreira destaca que para evitar uma maior disseminação e preservar as árvores públicas, foi adquirido em 2022 o equipamento “guindaste articular hidráulico veicular, com cesto e garra”, com alcance de 16m de altura, para ter mais alcance em árvores de grande porte.
“Sendo assim, a partir do mês de setembro deste ano, foi executada a extirpação das ervas-de-passarinho da primeira rua escolhida, Rua Bento Gonçalves, tanto nos exemplares de liquidâmbar do canteiro central quanto nos ipês-amarelos dos passeios públicos, de forma artesanal, com mão de obra própria dos servidores da equipe de Parques e Jardins, dentro das normas técnicas de “dendrocirurgia”, ou cirurgia de árvores, processo este altamente técnico e especializado. O trabalho levou três dias para ser concluído”, pontua Moreira.
As demais ruas serão elencadas para as próximas ações e o trabalho deverá ser de forma permanente durante o ano, concentrando nos meses de outono/inverno, que dão maior visibilidade às ervas em função da queda das folhas de algumas árvores.
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