A octogésima sétima Romaria da Salette em Marcelino Ramos, neste domingo, 25, Dia Nacional da Bíblia, teve por tema “Salette, Mãe e Mestra da Reconciliação”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade deste ano sobre a Educação, e por lema “Deixai-vos reconciliar”, exortação de São Paulo na segunda Carta aos Coríntios.
Romeiros chegaram ainda no sábado. À noite participaram da missa na igreja São João Batista, no centro da cidade, da procissão luminosa ao Santuário, no qual houve encenação da aparição de N. Sra. em Salette, nos Alpes da França, e bênção com o Santíssimo Sacramento. Elevado número de outros foram chegando desde antes do amanhecer deste domingo. Muitos participaram de missas no interior do Santuário e na igreja São João Batista no centro da cidade, de onde, pelas 09h, partiu a procissão até o alto do Santuário. Lá, um pouco depois das 10h, houve missa campal, presidida pelo Bispo Diocesano de Erexim, Dom Adimir Antonio Mazali, e concelebrada pelo Coordenador Provincial dos Saletinos, Pe. Leonir Nunes dos Santos, e outros 4 padres, com a participação de um diácono, noviços saletinos e um seminarista diocesano.
Dom Adimir, no início da homilia, saudando os participantes da celebração por rádios e redes sociais e aos inúmeros romeiros na esplanada do Santuário, disse ser um deles. Referiu-se ao tema e ao lema da Romaria, ressaltando que Nossa Senhora é a educadora por excelência. Percorrendo diversos caminhos os devotos da Salette chegaram àquele Santuário, cada um com sua realidade, suas alegrias e angústias, agradecimentos e súplicas a Deus que ama a todos e nos deu Maria por Mãe. Todos aí estavam para expressar sua devoção, pedir perdão a Deus, especialmente pelo sacramento da confissão. Recordou a aparição de N. Sra. em Salette, França, em 19 de setembro de 1846 a Maximino e Melânia, com palavras maternas, “vinde meus filhos; não tenhais medo”. Eles relataram que era uma “bela senhora” com lágrimas nos olhos porque o povo se havia afastado de Deus. Ela repete hoje a todos o seu convite à conversão, à volta ao seu Filho Jesus, à prática dos mandamentos. Ela participa da Redenção. Ela é o sinal visível do Deus que faz aliança com seu povo. Lembrando o Dia Nacional da Bíblia, o Bispo destacou que a Palavra de Deus nos educa na verdade. Exortou a agradecer a Deus pela celebração após a pandemia e a suplicar a Nossa Senhora que ajude a todos a crescer na santidade, a superar as divisões, as discórdias nas famílias e nas comunidades; ajude o mundo a acabar com as guerras. E concluiu com a oração a N. Sra. da Salette:
“Lembrai-vos, ó Nossa Senhora da Salette, das lágrimas que derramastes por nós no Calvário. Lembrai-vos também dos cuidados que, sem cessar, tendes por vosso povo, a fim de que, em nome de Cristo, se deixe reconciliar com Deus.
E vede se, depois de tanto terdes feito por vossos filhos, podeis agora abandoná-los. Reconfortados por vossa ternura, ó Mãe, eis-nos aqui, suplicantes, apesar de nossa infidelidade e ingratidão. Não rejeiteis nossa oração, ó Virgem Reconciliadora, mas volvei nosso coração para vosso Filho.
Alcançai-nos a graça de amar Jesus acima de tudo, e de vos consolar por uma vida de doação, para a glória de Deus e o amor de nossos irmãos. Amém!
Nossa Senhora da Salette, reconciliadora dos pecadores, rogai sem cessar por nós que recorremos a vós!”
Congregação dos padres e das irmãs de N. Sra. da Salette
A Congregação dos padres saletinos foi fundada em 1852, na França, primeiramente para atender o Santuário da aparição de N. Sra. A Congregação das Irmãs Saletinas, em 1872, também naquele país. No período em que os padres foram expulsos da França, elas mantiveram o atendimento no Santuário da Salette.
Os padres saletinos atuam em 25 países. Chegaram ao Brasil em 1902. Estão em Marcelino Ramos desde 1928.
As irmãs saletinas estão presentes em 11 países. No Brasil, desde 1957, atuando no Paraná e no Mato Grosso.
Duas delas estavam na Romaria, Ir. Ivete Muhl, psicóloga e assistente social; Ir. Dileta Zonin, professora estadual. As duas atuam em União da Vitória, PR.
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