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Região de Erechim classificada mais uma vez com bandeira vermelha

Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus já adiantou, em entrevista à Virtual na manhã dessa sexta-feira, que novamente encaminharia recurso caso a classificação preliminar na bandeira vermelha se concretizasse




Erechim voltou a ser classificada preliminarmente com bandeira vermelha na atualização do distanciamento controlado divulgada na tarde dessa sexta-feira pelo governo do Estado. A atualização põe a região epidemiológica 16, que compreende Erechim e outros 33 municípios, como área de risco alto para contaminação de coronavírus. Essa é a terceira semana consecutiva que a região recebe a classificação de bandeira vermelha, que impõe medidas mais restritivas. Nas duas últimas semanas foi possível reverter a situação por meio de recursos encaminhados pelo município de Erechim e pelo Comitê Regional de Atenção ao coronavírus da Amau.


De acordo com o governo do Estado, a classificação em bandeira vermelha se dá porque sem conseguir reduzir o número de internados por Covid-19 em leitos clínicos de uma semana para outra (continuou com 11 pacientes), os municípios que integram a região de Erechim tiveram um aumento de 6 para 10 internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave em leitos de tratamento intensivo. Além disso, a região teve 5 pessoas internadas por Covid-19 em leitos de UTI no último dia do levantamento, uma redução de 1 paciente com relação à semana anterior.


No caso de hospitalizações registradas para Covid-19 nos últimos 7 dias, entre as duas semanas, a região apresentou uma leve melhora, passando de 16 para 15 hospitalizações na semana. No caso dos indicadores de incidência de novos casos sobre a população, a região obteve manteve a situação de bandeira preta no de hospitalizações sobre 100 mil habitantes e a melhora no indicador de projeção de óbitos, reduzindo de preta para vermelha. Assim como as outras duas regiões Covid-19 da macrorregião Norte, Erechim reduziu de 27 para 14 a disponibilidade de leitos de UTI livres.


Em entrevista à Rádio Virtual na Manhã de hoje, o integrante do comitê regional de atenção ao Coronavírus, Jackson Arpini já havia adiantado que se a classificação preliminar em bandeira vermelha se concretizasse, mais uma vez seria encaminhado recurso, usando como base os indicadores levantados localmente. Os recursos são avaliados na segunda-feira pela manhã e à tarde o governador Eduardo Leite anunciará as bandeiras definitivas que entram em vigor a partir de terça-feira.



SITUAÇÃO GERAL NO RIO GRANDE DO SUL

O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19, nos últimos sete dias, comparado à semana anterior, apresentou aumento de 6%, passando de 729 para 770. A quantidade de internados em UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceu 11%, passando de 582 para 647. O mesmo se observa com o número de internados em leitos clínicos para Covid-19, que passou de 554 para 693 internações – crescimento de 25%.

Para as internações em UTI confirmadas para Covid-19, o aumento chegou a 21%, passando de 418 para 504. O agravamento também é observado no número de casos ativos na última semana, que atingiu 5.126, frente aos 4.281 da semana anterior. Por fim, com relação ao número de leitos de UTI livres para atender Covid-19 no último dia, o quantitativo reduziu 9% entre as semanas, passando de 653 para 594.

O agravamento do indicador de capacidade de atendimento (número de leitos de UTI livres para cada leito ocupado por pacientes Covid-19), mensurada no Estado como um todo, segue em ritmo acelerado, obtendo alerta máximo. Na rodada anterior, o indicador obteve bandeira vermelha e, nesta semana, a mensuração atingiu situação de bandeira preta.

O indicador da Mudança da Capacidade de Atendimento, também mensurado para o Estado, passou de bandeira amarela para vermelha, resultado da redução de número de leitos de UTI livres para atender Covid-19 no último dia em relação à quinta-feira anterior.

Esses dois indicadores nos permitem acompanhar a capacidade de resposta da rede hospitalar para atender a população que necessita de atendimento neste nível de atenção (alta complexidade). No entanto, é um indicador diretamente relacionado ao avanço da doença no Estado, uma vez que quanto maior o número de casos ativos, maior o número de pacientes que necessitarão de atendimento hospitalar e maior o risco de pressão no sistema de saúde.

Mesmo com todas as ações de ampliação de leitos de UTI no Estado, o avanço na evolução da Covid-19 sinaliza risco alto de pressão ao sistema de saúde e a necessidade de se ampliar ainda mais a conscientização da população em seguir os protocolos de distanciamento, a fim de que possamos seguir nas ações de ampliação da rede e, principalmente, para que possamos continuar garantindo o acesso adequado do paciente aos leitos hospitalares e de UTI no tempo oportuno.

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