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Reajuste salarial e negociações trabalhistas mobilizam setor da saúde em Erechim

Trabalhadores do Hospital Santa Terezinha já aprovaram acordo coletivo com reajuste salarial, enquanto negociação com o Hospital de Caridade segue sem definição. Diante desse cenário, Hospinorte discutem impacto dos encargos trabalhistas e busca apoio para equilibrar as contas

Acordo Coletivo para funcionários do Hospital Santa Terezinha foi discutido e aprovado em assembleias no fim de janeiro. Foto: Sindi Saúde
Acordo Coletivo para funcionários do Hospital Santa Terezinha foi discutido e aprovado em assembleias no fim de janeiro. Foto: Sindi Saúde

As negociações trabalhistas entre sindicatos e hospitais de Erechim têm movimentando o setor da saúde desde o início do ano. Enquanto os trabalhadores da Fundação Hospitalar Santa Terezinha de Erechim (FHSTE) aprovaram um novo acordo coletivo, os profissionais do Hospital de Caridade de Erechim (HCE) ainda aguardam avanços nas tratativas mediadas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Paralelamente, a Hospinorte, associação que representa os hospitais do norte do Rio Grande do Sul, debate estratégias para enfrentar desafios financeiros e jurídicos decorrentes dos reajustes salariais e demais encargos trabalhistas.


No dia 30 de janeiro, o Sindisaúde Erechim e região realizou assembleias para apresentar o Acordo Coletivo de 2025 para os funcionários da FHSTE. O principal ponto do acordo é o reajuste salarial de 6,8%, válido a partir de fevereiro, além de melhorias nos benefícios, como vale-alimentação de R$ 22,50 por dia e uma folga trimestral adicional. O acordo foi aprovado e, a cláusula do Banco de Horas, embora aprovada, ainda passará por ajustes na redação final.

Por outro lado, a negociação entre o Sindisaúde e o HCE segue sem um desfecho. As tratativas já ultrapassam um ano e, segundo o sindicato, há impasses quanto ao cumprimento do piso nacional da enfermagem. A principal reivindicação é a incorporação do complemento salarial ao vencimento base, o que impactaria direitos como férias e FGTS. Em mediação no MPT de Passo Fundo, realizada em 27 de janeiro, foi concedido um prazo de dez dias para que o hospital apresentasse uma solução.

Reunião da Hospinorte foi realizada no dia 13 de fevereiro. Foto: Hospinorte
Reunião da Hospinorte foi realizada no dia 13 de fevereiro. Foto: Hospinorte

Do outro lado da mesa de negociação, os hospitais alegam dificuldades financeiras para atender integralmente às demandas. Em reunião realizada no dia 13 de fevereiro, a Hospinorte discutiu os impactos dos passivos trabalhistas sobre a sustentabilidade das instituições. Representantes das entidades hospitalares reforçaram a preocupação com os custos crescentes e a necessidade de buscar apoio governamental para garantir equilíbrio financeiro. Um dos pontos destacados foi a defasagem dos repasses do SUS e outras fontes de financiamento, que não acompanham os aumentos de despesas.

Diante desse cenário, a Hospinorte planeja ampliar o diálogo com o governo estadual e entidades representativas, buscando soluções conjuntas para mitigar os desafios financeiros do setor.


Por: Najaska Martins* *com informações do Sindi Saúde e Hospinorte


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