Evento trouxe para o palco da ACCIE o ex-ministro Aldo Rebelo, com uma mensagem de autoestima para os produtores rurais
A última sexta-feira da Frinape 2024 (dia 22 de novembro) foi marcada por uma programação voltada ao agronegócio. No Salão de Eventos da ACCIE, o Sindicato Rural de Erechim e a Comissão Jovem promoveram o Protagoniza Agro, evento que inicialmente estava previsto para acontecer em junho, mas devido às enchentes a agenda foi remanejada para a feira erechinense.
"Aqui queremos honrar o trabalho das lideranças sindicais e de classe e acima de tudo a população do campo e da cidade, porque não existe o “Brasil urbano” e o “Brasil rural”, existe um só Brasil e todos precisamos uns dos outros", disse o presidente do Sindicato, Allan André Tormen, ao fazer a abertura, ressaltando a importância de todas as cadeias produtivas que envolvem o agro, desde a produção primária até a indústria de máquinas.
A presidente da Comissão Jovem do sindicato, Jéssica Tozzo Loch, destacou a importância do engajamento dos jovens em assumir responsabilidades diante do agronegócio. "Temos o dever de dar seguimento a este trabalho que é tão árduo, mas também recompensador e que envolve o setor agropecuário. Não somos herdeiros, somos sucessores e cabe a nós, jovens, aprender e respeitar nossos pais. Precisamos aliar tecnologia sustentável e eficiente na rotina do campo. Por isso, este momento é de difusão do conhecimento para além das fronteiras do campo", disse.
Ainda na abertura se pronunciaram o superintendente do Senar/RS, Eduardo Condorelli, o coordenador da Fenagro, Abrão Safro, e o presidente da ACCIE, Darlan Dalla Roza. Todos destacaram que a promoção fóruns como este são fundamentais para levar informação aos produtores e gerar valor para a agropecuária. Representantes dos patrocinadores também foram homenageados pelo apoio ao evento.
Palestras focaram na geopolítica em torno do agro e na necessidade de melhor gestão dos negócios
O palco do Protagoniza Agro estreou com grandes nomes. O ex-ministro Aldo Rebelo foi o primeiro a se direcionar ao público. O sotaque alagoano logo foi assimilado e, com autoridade, Rebelo compartilhou visões que demonstram os desafios do setor agropecuário brasileiro em se posicionar diante do mundo, e ao mesmo tempo deixou uma mensagem de otimismo e, porque não dizer, de autoestima para as famílias do campo.
"Agricultura e pecuária formam setores que ajudaram a construir o Brasil que temos hoje, e seguem oferecendo alternativas para condições sociais, gerando empregos urbanos e rurais. O Brasil recebeu da natureza condições excelentes de produzir e o Brasil rural tem grande responsabilidade com a construção do nosso futuro", disse o ex-ministro, entre histórias das mais diversas sobre sua trajetória registrando e estudando a realidade do setor brasileiro.
Ele defendeu ainda que o produtor rural precisa se sentir importante por auxiliar na geração de empregos em vários setores, além de gerar a segurança alimentar do brasileiro e permitir que essa produção seja exportada, em especial alimentos, criando riquezas para o país. “Não se pode criticar uma classe inteira pela postura duvidosa de alguns. Em sua maioria os produtores são pessoas responsáveis e que adotam formas de produzir baseadas na eficiência”, ressaltou.
O economista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, trouxe uma explanação focada na importância da gestão para este novo agronegócio, que tem como desafios gerenciar a imagem diante do mundo, preservar mercados e abrir novas oportunidades para potencializar a geração de renda no campo.
"Além de saber produzir, temos que aprender a gerenciar os recursos que são gerados. Por vezes vemos muito sofrimento das pessoas devido a falta de gestão, por negócios não pensados. É fundamental pensar que os movimentos dentro da gestão precisam ser medidos e temos ferramentas para hoje. É primordial aprender a lidar com o dinheiro e perceber onde não se pode errar", assinalou.
O terceiro palestrante a subir ao palco foi o zootecnista e superintendente do Senar/RS, Eduardo Condorelli, se direcionou mais aos jovens, como forma de motivá-los a enxergar as oportunidades diversas, pelo perfil do setor em ser demandante de mão de obra. "O agro precisa de pessoas capazes de gerir os negócios, que são cada vez mais complexos. Já vivemos uma realidade da produção da pecuária e da agricultura muito diferente do que nossos pais enfrentaram no século passado, em que hoje além dos conhecimentos em áreas técnicas, tenhamos este foco na gestão financeira, rural, de cadastros, de tudo o que gira em torno da propriedade. É fundamental que o jovem se prepare para esta agropecuária do século 21, muito mais exigente no ponto de vista da mão de obra", defendeu.
Por: Assessoria de Comunicação
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