Hábitos saudáveis como praticar esportes e ter uma dieta equilibrada são grandes aliados na prevenção
O Outubro Rosa é um movimento global que surgiu na década de 1990, visando conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Estima-se que uma em cada oito mulheres desenvolverá a doença ao longo da vida, sendo o tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Unindo-se à campanha de conscientização, o Hospital Sapiranga reforça cuidados importantes que ajudam a prevenir a doença e diagnosticar precocemente, o que é fundamental no tratamento.
“Há dois tipos de prevenção. Uma delas é a primária, que evita o surgimento através da manutenção de um estilo de vida saudável, com a prática de atividade física regular, evitando álcool, cigarro e alimentos ultraprocessados. O artigo ‘Os Benefícios dos Exercícios Físicos no Câncer de Mama’, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, sugere que mulheres praticantes de exercício físico regular apresentam menor risco de câncer de mama, entre 10 e 25%, quando comparadas às mulheres menos ativas. Já a prevenção secundária, seria fazer o exame de mamografia anualmente, já que diminui a chance de acharmos a doença de forma avançada”, pontua o mastologista do Hospital Sapiranga, Caio Severo.
A realização da mamografia anualmente é crucial, pois permite detectar o câncer muito cedo, em estágios iniciais, onde a taxa de cura é maior que 90%.
“Muitas pacientes acabam esquecendo de fazer o exame, mas ele é realmente muito importante mesmo no caso da pessoa ter um estilo de vida saudável. Então, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres a partir dos 40 anos devem fazer a mamografia pelo menos uma vez por ano”, relata.
O autoexame das mamas também pode ser feito, porém, segundo o especialista, não substitui a mamografia.
“A prática ajuda as mulheres a se familiarizarem com seus corpos e a identificarem qualquer alteração suspeita que deva ser avaliada por um profissional de saúde, podendo ser feito durante o banho, fora do período pré-menstrual e com movimentos circulares suaves, apertando levemente com a ponta dos dedos, sendo possível fazer na região da axila também. Apesar disso, o autoexame não diminui a mortalidade, porque quando a mulher descobre o câncer pelo autoexame, ela geralmente o encontra em um estágio mais avançado. Algumas mulheres acreditam que se elas só fizerem um autoexame, estariam livres de fazer mamografia, mas temos que reforçar a importância dela, porque é isso que salva vidas e que faz mais diferença”, afirma.
Em casos de mulheres com histórico na família, a mamografia deve começar a ser feita antes dos 40 anos.
“A paciente deve vir ao consultório a partir dos 20 anos, para calcularmos o risco dela. Existem algumas calculadoras de risco e a que eu uso, por exemplo, funciona com um questionário que busca informações de quantas pessoas na família tiveram a doença, de parentesco de primeiro e segundo grau, se a mulher já teve algum nódulo benigno, algum diagnóstico fora o câncer, se ela já operou a mama ou não. Em casos de câncer de mama masculino na família, há um risco maior. Então, o rastreamento muda conforme o nível de risco da paciente e também a idade de começar a fazer a mamografia e outros exames, como a ressonância magnética das mamas”, destaca o médico.
Por: Assessoria de Comunicação/Gabriela Dalmas
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