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Investigações e descobertas sobre Erechim

Crianças do Colégio Marista Medianeira realizam pesquisa sobre a cidade



A partir do projeto de investigação sobre “A escrita e sua história”, a turma 031 da Educação Infantil do Colégio Marista Medianeira vem realizando diversas descobertas. Após investigar sobre as diferentes formas de escrita desde a antiguidade, os diferentes suportes utilizados para realizar os registros gráficos e pictóricos e explorar essas possiblidades de registro, inclusive, produzindo o papiro, o primeiro papel do mundo inventado pelos egípcios, a pergunta que surgiu foi: “Qual foi a primeira escola de Erechim?” E, ao considerar a importância da ampliação do conhecimento acerca de como iniciou a história da educação em nosso município e acreditando na relevância que há em oportunizar às crianças o conhecimento, bem como a exploração e a ocupação dos espaços públicos e ruas da cidade, foi organizada uma visita até a primeira escola de Erechim.


Durante o percurso até chegarem à primeira escola, que está localizada na Avenida Presidente Vargas, as crianças passaram por outras importantes construções que fazem parte da história da cidade, como o Castelinho, a Praça da Bandeira - onde o Chafariz foi a atração principal; a Prefeitura (e se espantaram ao saber que, antigamente, a parte térrea do prédio foi o primeiro presídio); a Câmara de Vereadores e pela casa do professor Mantovani. Inicialmente, a culminância do projeto seria com a visita até o prédio da primeira escola. No entanto, as falas e expressões das crianças revelaram muitas curiosidades sobre a história e a possibilidade de continuidade da investigação.


“Eu queria que desse pra voltar o tempo, e o portão estivesse aberto com as crianças entrando, pra gente poder ver!” “Eu fiquei triste e emocionada! Fiquei emocionada porque vi a primeira escola e triste porque não deu para entrar.” “Precisa reformar o Castelinho pra ele não cair e destruir o castelo que é bonito. E se ele ficar bonito enfeita mais a cidade. Ele é uma coisa antiga, e daí ele conta a história de quem viveu a muitos anos atrás. O Castelinho conta a história de Erechim!” “Quem liga o chafariz? E por que se chama chafariz?” “Porque tinha um presídio embaixo da prefeitura?” “O que significa aquele símbolo lá em cima?” “Tinha parque na primeira escola?”


Após o diálogo e o registro do passeio até a primeira escola, as crianças deram continuidade à investigação. Com o objetivo de buscar as respostas para essas e outras perguntas, realizaram uma visita ao arquivo histórico de Erechim. Lá puderam ouvir, ver e manusear fotos antigas que aguçaram a imaginação e a curiosidade. Ficaram impressionados com as fotos antigas do Marista, com as diferentes cores do Castelinho e encantados com a sua beleza quando iluminado, no período das festas de Natal. “Eu gostei de saber como eles construíam as casas! Eles derrubavam a madeira para construir a casa! E tinha uma parte que era feita de pedra e era a parte mais fria da casa, e ali eles guardavam vinho, queijo, salame...” (Luís Fernando Carbonera).


Ao serem indagados sobre o que é o arquivo histórico, elaboraram a seguinte explicação: “É um lugar que guarda histórias e conta histórias antigas de Erechim e de outras cidades. É importante para saber as coisas antigas e histórias de muito tempo atrás, para aprender e saber mais. É um lugar de pesquisa! E para mexer e tocar nos livros precisa usar luvas”.

“Ao estar com as crianças nesse processo de investigação e reunir as possibilidades para que elas pudessem ver, sentir e imaginar a história de um tempo bem distante, buscarem respostas para as suas dúvidas e curiosidades e elaborarem possíveis soluções, explicações e até novas perguntas para as respostas não encontradas, percebi a importância de uma prática educativa que concebe as crianças como atores sociais, que com seu olhar atento e sensível, e por meio de suas palavras e hipóteses, nos fazem ver aquilo que, muitas vezes, aos olhos dos adultos não tem importância. O desejo de entrar e poder ver como era o interior da primeira escola e do Castelinho, revelou o quanto a história precisa ser preservada, cuidada e conhecida. Afinal, ela constitui a identidade de um povo. Nesse sentido, a investigação das crianças, suas curiosidades e hipóteses revelaram a complexidade de seus pensamentos. Um pensamento curioso que não cessa de querer saber, de indagar, de buscar respostas e se as encontrar, elaborar novas perguntas para elas, em um processo contínuo e espiral de construção do conhecimento”, destacou a professora, Rosângela Dalagnol.

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