Os desafios da modernização do sistema de abastecimento de água em Erechim têm um plano robusto para sair do papel. Com um programa de investimentos de R$ 15,2 milhões a realizar em 2024, a concessionária Aegea, controladora da Corsan, vai garantir melhorias históricas de infraestrutura na rede de água do município, além de ganhar eficiência na distribuição e colocar a redução de perdas hídricas entre as prioridades da operação.
De acordo com o diretor de Operações do Grupo Aegea, José João de Jesus da Fonseca, há três eixos de investimento para resolver as principais demandas do sistema de saneamento no município: melhorias operacionais (que envolvem substituição de equipamentos, melhorias de rede e operação), redução de perdas e programa de automação e telemetria.
As necessidades mapeadas em Erechim fazem parte de um plano estadual de investimentos, que projeta passar 258 municípios gaúchos de zero para 90% no atendimento em coleta e tratamento de esgoto, com um total estimado em R$ 15 bilhões, até 2033, para transformar o cenário do saneamento básico gaúcho. O valor de R$ 1,5 bi ao ano é mais que o dobro do investimento anual máximo da história da Corsan (R$ 643 milhões). Junto com o aporte de recursos, a controladora entregará ao Estado também novas perspectivas de desenvolvimento: de acordo com estudo do Instituto Trata Brasil, a mobilização de investimentos do setor no Estado vai gerar cerca de 66 mil postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos.
Além disso, projeta-se que o impacto do investimento em universalização do saneamento deve extrapolar os R$ 40 bilhões em benefícios socioeconômicos nas 317 cidades atendidas pela Corsan, o que inclui ganhos ambientais, sociais, educacionais e de saúde para a população. Para se ter uma ideia, somente em Erechim, o balanço entre custos e benefícios da universalização do saneamento aponta para ganhos líquidos, no futuro, de R$ 9,7% do total projetado para toda a região do Planalto, o que representa cerca de R$ 400 milhões em ganhos somente no município.
Outro destaque diz respeito ao emprego de tecnologia avançada em gestão e inteligência de dados para realizar um trabalho de alta eficiência operacional, com água de qualidade e regularidade dos serviços prestados para 6,5 milhões de gaúchos. A Aegea já trabalha no processo de automação de todo sistema existente de água e esgoto sob sua operação no RS e investe na construção de um avançado Centro de Operações Integradas (COl), que vai monitorar ocorrências na infraestrutura de saneamento básico de todo o Estado em tempo real, com ajuda de inteligência artificial, analisando o funcionamento dos ativos, dados e alterações do sistema nos 317 municípios atendidos pela Corsan, O COl contará com softwares e equipamentos automatizados capazes de analisar inúmeras variáveis, como pressão, vazão, temperatura, energia e produtos químicos, otimizando a gestão das redes de água e esgoto, facilitando a criação de soluções rápidas e ações preventivas para evitar desabastecimentos ou interrupções no fornecimento do serviço. Serviços e benfeitorias como geofonia, recuperação e modernização de antigas estações de tratamento, eliminação do uso do cloro gás e emprego de tecnologia para identificar vazamentos ocultos por satélite estão entre as inovações trazidas pelo Grupo Aegea e já absorvidas na operação da Corsan.
QUEM É A AEGEA
O Grupo Aegea atende 507 municípios em 15 estados brasileiros, operando 45 concessões, 8 PPPs e 1 subconcessão. Com isso, detém 56% do mercado de saneamento básico privado do país, prestando serviços para 31 milhões de brasileiros. Na Corsan, é responsável pela operação dos sistemas de água e esgotamento sanitário de 317 municípios, totalizando mais de 6,5 milhões de pessoas em sua região de abrangência.
A empresa controladora da Corsan detém também a concessionária Águas do Rio, que atende 27 municípios fluminenses e mais 124 bairros da Capital. Em pouco mais de 2 anos de operação, os investimentos em saneamento vêm sendo decisivos para a restauração ambiental de regiões extremamente degradadas. É o caso da volta da balneabilidade da Praia de Botafogo (fato inédito em 13 anos), da recuperação da fauna da Lagoa Rodrigo de Freitas e de importantes sinais de regeneração da Baía de Guanabara, um dos cartões postais do Brasil.
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