A pesquisa traça um perfil para o segmento no Rio Grande do Sul
De 14 de novembro a 07 de dezembro de 2023, a Fecomércio-RS realizou a segunda rodada da sondagem do Varejo de Moda do ano. Além de aspectos estruturais e conjunturais, a pesquisa capta questões relacionadas às percepções dos tomadores de decisão desse segmento. A Sondagem ocorreu em 385 estabelecimentos do varejo de vestuário, acessórios e calçados e artigos de viagem. Todos eram optantes pelo Simples Nacional.
Na amostra, ainda que a maioria dos estabelecimentos (33,0%) tenha de 3 a 5 anos de atuação no mercado, houve equilíbrio entre as faixas de tempo de existência do negócio. Quando se atenta para o número de pessoas trabalhando, 54,0% dos estabelecimentos têm de 1 a 6 trabalhadores. Em 84,2% dos casos a operação se dá em apenas 1 estabelecimento, e, em 88,8% dos casos o espaço físico é alugado. A pesquisa também revela informações como os públicos-alvo dos negócios pesquisados, bem como o ticket médio.
No aspecto financeiro, 80,0% dos respondentes afirmaram que separam suas finanças da dos negócios e 7,5% acabam misturando as finanças do negócio e de seus sócios – em 12,5% dos entrevistados não souberam responder. A análise das finanças da empresa é realizada com frequência pelo menos mensal por 74,8% dos pesquisados, enquanto os demais 25,2% afirmam realizar essa análise com uma frequência mais baixa. Do ponto de vista do endividamento, a pesquisa revela um baixo nível de endividamento das empresas pesquisadas, dada a característica de intenso uso de capital próprio dos sócios para a realização de aportes financeiros dos sócios nos negócios, quando necessário. “Essa característica, se por um lado reduz os riscos associados à captação de crédito no sistema financeiro, por outro, aumenta a vinculação da saúde financeira do negócio com a da pessoa física dos seus sócios”, pondera Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.
Na estrutura de vendas, 82,1% dos estabelecimentos realizam o controle informatizado de vendas e estoques. O acompanhamento das vendas é realizado continuamente por 80,3% dos estabelecimentos, enquanto em 14,8% dos casos ocorre de forma esporádica e 4,9% não realizam. Ainda é possível verificar, na sondagem, como são definidos os produtos a serem ofertados, as formas de impulsionamento das vendas e o percentual de vendas que são parceladas no cartão de crédito e em quantas vezes há o parcelamento.
Quanto à avaliação das vendas nos últimos 6 meses, 88,3% afirmaram que os resultados foram, no mínimo, considerados como bons e para 78,4% dos entrevistados as vendas atingiram as expectativas. Dentre os principais empecilhos elencados na pesquisa, 27,5% relataram a carga tributária, 24,4% o baixo crescimento da economia e 22,9% o alto custo para manter os estoques.
Por fim, no eixo da pesquisa que aborda as expectativas, quando questionados sobre as expectativas de vendas de final de ano, em comparação com o final do ano anterior, 55,1% dos respondentes afirmaram que o quadro é semelhante e para 43,1% as expectativas são melhores ou muito melhores. Quando questionados sobre o ano de 2024, para 62,6% dos entrevistados a expectativa é de que as vendas se mantenham estáveis e para 35,6% é de que melhorem um pouco ou melhorem muito.
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