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Erechim pela percepção das crianças

  • Foto do escritor: Najaska - Jornalismo
    Najaska - Jornalismo
  • 30 de abr.
  • 2 min de leitura

Relato de experiência feito pelas professoras do 3º ano do Ensino Fundamental do Colégio Marista Medianeira





 

Nesta semana em que Erechim celebra seus 107 anos de história, as turmas do 3º ano do Ensino Fundamental do Colégio Marista Medianeira protagonizaram uma experiência rica, significativa e profundamente emocionante: uma aula pública no coração da cidade, acompanhadas pelo historiador André Ribeiro. A proposta integrou o projeto pedagógico das turmas, que tem como um de seus principais objetivos despertar o sentimento de pertencimento e identidade local nos estudantes, promovendo a valorização do espaço onde vivem e da história que o sustenta.

 

Nas semanas que antecederam a saída de campo, as crianças mergulharam em sala de aula em um percurso investigativo sobre o município: sua origem, fundação e desenvolvimento ao longo das décadas. Descobriram juntos que Erechim, hoje carinhosamente chamada de "Capital da Amizade", já foi reconhecida como a “Capital do Trigo” e idealizada como uma cidade moderna, planejada com avenidas em formato de leque e uma organização urbana inovadora para a época. Erechim foi oficialmente fundada em 30 de abril de 1918, com forte influência dos colonizadores vindos de diferentes regiões, que ajudaram a construir as bases sociais, econômicas e culturais da cidade que conhecemos hoje.

 

Com esse conhecimento em mente, a aula pública realizada no centro da cidade tornou-se muito mais do que uma simples visita: foi uma vivência carregada de sentidos. Os olhos curiosos das crianças se encheram de brilho ao reconhecerem e aprenderem sobre espaços que fazem parte de sua rotina, mas que até então passavam despercebidos em meio à correria do dia a dia. A Praça da Bandeira, anteriormente chamada Praça Cristóvão Colombo se revelou um verdadeiro livro aberto. Suas ruas cuidadosamente traçadas, o calçamento em pedras portuguesas e os prédios históricos ao redor despertaram encantamento e surpresa nos pequenos erechinenses.

 

Passaram pelo Castelinho, símbolo marcante do poder público e da memória local; pela Prefeitura, que em tempos antigos também abrigou uma prisão; pela Câmara de Vereadores; e pela antiga Escola do Professor Mantovani, um espaço repleto de história que, infelizmente, hoje se encontra em estado de abandono. Cada parada foi uma oportunidade de conexão com o passado, uma ponte entre o que fomos e o que somos, permitindo que os estudantes percebessem que a cidade é um organismo vivo, que se transforma, mas guarda suas marcas com carinho.

 

O mais comovente foi presenciar a espontaneidade das crianças diante das descobertas: perguntas, hipóteses, comentários e até pequenas histórias pessoais surgiam a todo momento, mostrando que o conhecimento, quando vivido, ganha alma. Foi, sem dúvida, um momento de aprendizado mútuo. Para nós, professoras, significou também a possibilidade de ressignificar nossa prática docente, redescobrindo, ao lado dos alunos, a beleza e a importância de ensinar a partir do que é real, próximo e afetivo.

 

Essa vivência não apenas ensinou conceitos curriculares, ela tocou emoções, despertou pertencimento e reforçou o orgulho de ser erechinense. Ao celebrar os 107 anos de Erechim, celebramos também o futuro que cresce nas salas de aula, entre as mãos curiosas e os olhares atentos das nossas crianças. Que esse amor pela cidade continue florescendo em cada descoberta, em cada passo e em cada memória construída.


Por: Assessoria de Comunicação

 

 
 
 

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