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Conscientização e inclusão: Psicóloga esclarece dúvidas sobre o autismo em entrevista à Rádio Virtual FM

  • Foto do escritor: Najaska - Jornalismo
    Najaska - Jornalismo
  • 11 de abr.
  • 2 min de leitura

Durante a entrevista, a profissional também abordou a ciência ABA, trazendo orientações sobre o diagnóstico, os primeiros sinais e como iniciar a intervenção precoce

Abril é internacionalmente conhecido como o mês de conscientização sobre o transtorno do espectro autista (TEA). Para marcar o período, a Rádio Virtual FM 104.7 recebeu a psicóloga clínica infantil Sanai Silva para uma entrevista especial sobre o tema, concedida à jornalista Ragnara Marchiori. Especialista em intervenção ABA — abordagem terapêutica amplamente recomendada para o desenvolvimento de crianças com autismo e deficiência intelectual —, Sanai destacou a necessidade de informação, respeito e inclusão.


A psicóloga lembrou que o Abril Azul surgiu a partir de 2007, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o 2 de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. “A data foi criada para disseminar informações, diminuir o preconceito e ampliar o conhecimento sobre o transtorno, promovendo, assim, a inclusão social de pessoas autistas”, explicou.


Ela também comentou sobre a escolha da cor azul como símbolo da campanha. Segundo Sanai, a cor foi escolhida porque a maioria dos casos diagnosticados ocorre entre meninos, embora o autismo também acometa meninas, muitas vezes com características diferentes.


Atenção aos primeiros sinais


Um dos principais pontos abordados na entrevista foi a importância do diagnóstico precoce. Sanai ressaltou que o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento — ou seja, a criança já nasce com ele —, e que alguns sinais podem ser percebidos ainda nos primeiros anos de vida.


Entre os sinais mais comuns, a psicóloga citou:


Dificuldades na comunicação verbal e não verbal;


Falta de interesse em interações sociais, como não responder ao ser chamado pelo nome;


Ausência ou atraso na fala;


Comportamentos repetitivos e estereotipados, como balançar as mãos ou repetir movimentos;


Foco intenso em objetos específicos;


Hipersensibilidade a sons, luzes ou texturas.


Sanai reforçou que, ao observar esses comportamentos, é importante buscar avaliação profissional o quanto antes. “Quanto mais precoce for o diagnóstico e o início das intervenções, melhores são os resultados no desenvolvimento da criança”, afirmou.


A importância da intervenção ABA


Especialista na metodologia ABA (Análise do Comportamento Aplicada), Sanai Silva explicou que essa abordagem é baseada em princípios científicos e tem como objetivo desenvolver habilidades e diminuir comportamentos que dificultam a adaptação social. Ela destacou que o tratamento precisa ser individualizado, respeitando as necessidades de cada criança.


“Não existe um único tipo de autismo. O transtorno é um espectro, o que significa que cada pessoa manifesta características de forma única. Por isso, a intervenção deve ser feita de forma personalizada”, orientou.


Respeito, informação e inclusão


Sanai finalizou a entrevista reforçando a importância da sociedade ser mais acolhedora e informada. Para ela, o Abril Azul é uma oportunidade de dar visibilidade à causa, mas o compromisso com a inclusão deve ser permanente.


“Mais do que celebrar uma data, é fundamental transformar o conhecimento em atitudes diárias de respeito, empatia e apoio às pessoas com autismo e suas famílias. Informação é a base para uma sociedade verdadeiramente inclusiva”, concluiu.




 
 
 

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