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CASTEAcolhe: Um Marco no Atendimento ao Autismo em Erechim


A região do Alto Uruguai recebe um novo centro especializado no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), fruto de uma importante transformação no setor de saúde


Essa mudança marca um passo significativo na ampliação e na melhoria dos serviços de atendimento especializado, principalmente para autistas da região. Foto: Arquivo pessoal

Com base em um edital do programa TEAcolhe, o Instituto Pensare, antes voltado ao atendimento particular, foi reestruturado e passou a atuar diretamente em parceria com o município de Erechim e o estado do RS. Essa mudança marca um passo significativo na ampliação e na melhoria dos serviços de atendimento especializado, principalmente para autistas da região.


Conforme Gislene Alves Hawryluk, responsável pelo Instituto Pensare, a instituição já vinha atendendo pacientes por meio de um contrato com a Prefeitura de Erechim. Com a criação do CASTEAcolhe, o Instituto agora integra uma rede de apoio mais ampla, que visa complementar os serviços já oferecidos pelo município e pelo Serviço de Referência Regional (SRR).


Desde dezembro de 2023, o Instituto Pensare já realizava avaliações multidisciplinares, preparando o terreno para a abertura oficial do CASTEAcolhe. Com uma casa já estruturada, equipada com salas e espaços adequados, o centro está pronto para iniciar os atendimentos em diversas áreas, como fonoaudiologia, psicologia, assistência social, neurologia, terapia ocupacional e fisioterapia. Recentemente, também passaram a contar com pedagogos, o que amplia ainda mais o alcance dos atendimentos, com capacidade para receber 150 pacientes por mês.


A coordenadora adjunta da 11ª Coordenadoria Regional de Saúde, Cibeli Lazari, destaca que, embora a lotação seja alta, o centro mantém a flexibilidade para absorver novos pacientes, garantindo que as necessidades da população sejam atendidas continuamente.

"O CASTEAcolhe de Erechim se junta a um sistema regional já consolidado, sendo o segundo da região do Alto Uruguai, após o CAS de Nonoai, que está próximo de completar um ano de funcionamento. O objetivo principal é oferecer um atendimento mais acessível e estruturado para os pacientes com TEA e suas famílias, reforçando a intersetorialidade entre saúde e educação, fundamental para o tratamento completo e humanizado", salienta.


O centro será referência para 33 municípios da região, e os pacientes agendados por meio do sistema GERCOM, que organiza as filas de espera. A prioridade será dada a crianças de até quatro anos, a fim de aproveitar o potencial de neuroplasticidade durante as primeiras fases de desenvolvimento, além de considerar outros fatores de risco, como comorbidades e dificuldades no dia a dia.


Atendimentos


Os atendimentos terão início na próxima terça-feira, dia 22 de outubro, conforme a fonoaudióloga da 11ª Coordenadoria Regional de Saúde, Raquel Sobrosa. "O centro tem como meta realizar cerca de 1.200 atendimentos por mês, proporcionando um impacto significativo para a comunidade. Os novos pacientes foram agendados ontem (17), por isso os municípios da região já estão entrando em contato para organizar essa agenda que já começa na semana que vem. O serviço é referência para 33 municípios e essa fila de espera já existia no sistema GERCOM, que é um sistema em que os municípios cadastram dentro de uma especialidade, então já sabíamos quem eram os pacientes, só os transferimos para a agenda do CASTEACOLHE Instituto Pensare", ressalta.


O estado destina um incentivo de 80 mil reais por mês para custear os profissionais e manter o espaço funcionando, garantindo que a estrutura continue atendendo às demandas dos pacientes e famílias da região.


Para quem tem interesse em participar do programa, o recomendado é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para uma avaliação inicial. Não é necessário ter um diagnóstico fechado de TEA, basta que o quadro clínico esteja bem descrito para que o encaminhamento seja realizado corretamente.


Com o CASTEACOLHE, Erechim e o Alto Uruguai gaúcho dão um importante passo na construção de uma rede de apoio robusta e especializada, proporcionando mais acesso e qualidade de vida para pessoas com autismo e suas famílias.


Por: Ragnara Marchiori

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